O que pensa o CEO da Copa Energia sobre expansão do auxílio-gás?

O Brasil e a Luta Contra a Pobreza Energética

No Brasil, cerca de 26% das famílias ainda utilizam lenha para cozinhar, revela Caio Turqueto, presidente da Copa Energia, líder no mercado latino-americano de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). A empresa defende a expansão do auxílio-gás como medida essencial.

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O desafio é combater a “pobreza energética” no país. Fundada no Mato Grosso do Sul por Ueze Zahran, a Copa Energia evoluiu de uma empresa familiar para um grupo de destaque, com um faturamento anual de R$ 11 bilhões e 4 mil colaboradores. A meta agora é se tornar um hub de energia durante a transição para fontes limpas, conforme relata Turqueto.

A ascensão da Copa Energia no mercado de GLP

A aquisição da Liquigás pela Copagaz resultou na criação da Copa Energia. A parceria com a Itaúsa há cinco anos ampliou significativamente a base de clientes. Atualmente, a empresa representa cerca de 25% do mercado nacional, com um faturamento que cresceu de R$ 2,5 bilhões para R$ 11,7 bilhões anuais. O atendimento abrange 11 milhões de lares, 4,4 mil revendas, 150 mil condomínios e 38 mil clientes empresariais.

Unindo tradição familiar com inovação

A integração das duas empresas demandou anos de dedicação. A transição envolveu não apenas a aquisição de uma estatal por uma empresa familiar, mas a fusão de culturas e valores distintos. A pandemia acrescentou desafios inesperados ao processo, intensificando a necessidade de adaptação e evolução.

Perspectivas para o futuro da Copa Energia

A Copa almeja se tornar um ponto de referência no fornecimento de energia durante a migração para fontes mais sustentáveis. Com a recente aquisição da Companhia de Transporte de Gás (CTG) e a entrada no mercado de biometano, a empresa diversifica suas operações. A busca por parcerias e a expansão para setores como energia elétrica são estratégias-chave para fomentar o crescimento.

Alianças estratégicas com instituições de ensino

Colaborações com universidades renomadas visam impulsionar a inovação, como o desenvolvimento do BioGLP em parceria com a USP e UFRJ. A meta é viabilizar comercialmente o BioGLP até o final da década, abrindo novas possibilidades de negócios e promovendo o desenvolvimento tecnológico.

Desafios e oportunidades no mercado de gás

O Brasil enfrenta desafios na infraestrutura de importação de gás, exigindo investimentos estratégicos. O projeto da Copa no Porto de Suape visa suprir a demanda no Nordeste e reduzir a dependência de importações. A harmonização entre oferta e demanda é fundamental para evitar oscilações de preço e promover a estabilidade do mercado.

Desenvolvimento sustentável e combate à pobreza energética

As propostas do governo visam promover uma matriz energética mais limpa, substituindo fontes poluentes por alternativas sustentáveis, como o GLP. O apoio à pobreza energética é essencial para garantir acesso universal a recursos energéticos seguros e eficientes, contribuindo para a saúde da população e o desenvolvimento econômico.